Dilma em viagem

Domingo, 18 de outubro de 2015

‘Oportunidade fundamental para pessoas da minha condição social’, diz bolsista brasileiro na Suécia

Um dos compromissos da presidenta Dilma Rousseff nesta segunda-feira (19) em Estocolmo, na Suécia, é uma visita aoInstituto Real de Tecnologia ou (KTH, na sigla em

sueco). A universidade é a maior instituição de ensino superior em tecnologia da Escandinávia e uma das oito escolas técnicas líderes da Europa.

O Brasil tem ampliado a cooperação na área acadêmica e a quantidade de estudantes brasileiros que estudam na Suécia por meio do Programa Ciência Sem Fronteiras. A KTH foi a instituição que mais recebeu alunos do CSF na Suécia e atualmente conta com 40 estudantes brasileiros, divididos entre os cursos de graduação e pós-graduação.

Dilma estocolmo

Um desses estudantes é Flávio Luiz Mazzaro de Freitas, de 29 anos. Morando em Estocolmo desde março deste ano para cursar Doutorado em ciências ambientais na KTH, Flávio se diz privilegiado com a oportunidade de estar em uma instituição tão renomada por meio da bolsa concedida pelo governo brasileiro. Ele já havia cursado mestrado em 2009 na mesma instituição, mas na ocasião o incentivo havia sido concedido por um programa de bolsas da União Europeia.

“Tenho interesse em seguir a carreira acadêmica e essa oportunidade é fundamental, principalmente para pessoas com a minha condição social. Em outras condições, não teria chance de chegar até aqui sem o programa Ciência sem Fronteiras”, afirma.

O objeto da pesquisa que Flávio vem desenvolvendo são as mudanças no uso do solo brasileiro e para ele é importante que o resultado de sua qualificação possa contribuir para avanços tecnológicos no País. “Quero voltar para o Brasil e levar o que aprendi, não só do ponto de vista acadêmico, mas tudo o que absorvi dessa experiência de vida”, diz.

Radicada há muitos anos na Suécia, a professora Semida Silveira é professora na KTH e atualmente é diretora de assuntos para o Brasil da instituição. Para ela, a inovação só é possível quando há investimentos sistemáticos e consistentes na formação profissional.

“A formação do profissional está naturalmente na base da inovação, de você realmente ter pessoas que podem articular a transformação da sociedade. No final, é o resultado para a sociedade de todo investimento que é feito em educação e em pesquisa. Nós precisamos desse retorno, e esse retorno vem com a inovação, por meio da qual você cria, gera empregos e etc. E assim continua a cadeia”, avalia.

Na opinião de Semida, o Programa Ciência sem Fronteiras é audacioso e criou um processo “irreversível” de internacionalização do conhecimento.

“O Ciência sem Fronteiras é um projeto extremamente arrojado, em termos de governo, porque ele teve impactos quantitativos e qualitativos e vai continuar a ter, porque esse processo é irreversível, em termos de educação. A educação é uma base essencial, ela não é substituível. E você depois, então, tem que criar essas articulações de atores diferentes para que você possa então transformar isso em valor para o País: transformar o conhecimento em valor, transformar os investimentos em novos valores, no bem-estar da sociedade”, diz.

Fonte : Blog do Planalto

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