O ex-jogador de América e Atlético Paulinho Kiss, de 55 anos, está internado em estado grave no Hospital das Clínicas desde a última quinta-feira, quando sofreu um aneurisma cerebral. O ex-atacante está em coma induzido. A equipe médica espera uma melhora do quadro neurológico para submetê-lo a uma cirurgia.

Paulinho é hipertenso, mas sempre conseguiu controlar a doença, segundo sua esposa, Kelly Mercini Patrício. Na última quinta, contudo, ele ou mal quando estava trabalhando em sua loja de peças de tratores, no bairro Nova Floresta. Paulinho foi a uma farmácia da região, e o farmacêutico constatou o quadro grave em que o ex-jogador se encontrava. De lá, ele foi direto para o hospital.

“Foi de uma hora para outra que tudo aconteceu. Ele estava na loja e se sentiu mal. Foi a uma farmácia e, depois, foi conduzido ao hospital. O estado é grave. Os médicos esperam uma evolução do quadro neurológico nesta semana para fazer uma operação”, explica Kelly.

“Estamos todos arrasados. São 28 anos de casamento, temos dois filhos. Foi meu primeiro e único namorado. É marido, amigo. Estou vivendo dias muito difíceis. Mas estou rezando, acreditando que as coisas vão melhorar”, diz a esposa do ex-jogador.

Paulinho é casado com Kelly há 28 anos. Eles têm dois filhos, Peter, de 28, e Paula, de 23. Depois de se aposentar, o ex-jogador abriu uma empresa de peças de trator, a Trator Kiss.

Carreira

Paulinho Kiss nasceu Paulo Roberto Patrício de Sousa, em 7 de junho de 1960, em Felixlândia. Ele foi revelado pelo América, antes de se destacar no Atlético. No Galo, atuou entre 1983 e 1985. Segundo o Galo Digital, o ex-atacante realizou 88 jogos e marcou 22 gols. No ano de sua estreia com a camisa alvinegra, dividiu a artilharia do Estadual com Tostão, do Cruzeiro. Ambos marcaram 13 gols.

O jogador adotou o Kiss como sobrenome por causa da banda norte-americana de mesmo nome. Ele é fã e presenciou o show do Kiss realizado em Belo Horizonte, em 1983.

“Ele tem muito orgulho da carreira. Eu comecei a namorá-lo quando tinha 13 anos, então acompanhei toda a trajetória, tenho tudo em casa. E ainda hoje ele é muito lembrado”, diz a esposa. Segundo ela, membros da diretoria de América e Atlético entraram em contato com a família para prestar solidariedade.