Galo na briga para abrir um grupo da Libertadores
Tabela da Libertadores, principal torneio do continente, será definida na semana que vem
No peito de Diego Aguirre bate um coração aurinegro. Mas na próxima terça-feira (22), durante o sorteio dos grupos da Copa Libertadores do ano que vem, o treinador torcerá contra o Peñarol. O time uruguaio é um dos rivais do Atlético na luta por uma vaga entre os oito cabeças de chave da competição continental.
O evento será na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai. A vantagem para o Galo, se conseguir o posto, é escapar de enfrentar gigantes como Boca Juniors e River Plate, por exemplo, na fase de grupos.
A Conmebol mudou o critério para a escolha dos cabeças de chave. Será criado um ranking, valorizando o desempenho nas últimas dez edições. Os oito primeiros serão os oito cabeças de chave. A entidade não divulgou oficialmente o peso dos critérios, mas títulos entre 2006 e 2015 é um deles.
Assim, o Galo sai na frente, juntamente com outros cinco clubes: Boca Juniors, Corinthians, LDU, San Lorenzo e River Plate.
Existe a possibilidade de o Peñarol, equipe com mais participações na Libertadores (41, empatado com o rival Nacional) desbancar o Atlético, mesmo tendo vencido a Libertadores pela última vez em 1987, com um gol do próprio Diego Aguirre, aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação. Dependendo do peso que a Conmebol der aos títulos recentes, a equipe mineira pode somar menos pontos que os Carboneros no ranking.
O Galo só jogou três das últimas dez Libertadores, contra cinco do time cisplatino. O alvinegro foi eliminado duas vezes nas oitavas de final, já o Peñarol foi vice sob a batuta do próprio Aguirre, em 2011. Vale lembrar que os títulos pré-2006 também contarão (menor peso), e o Peñarol tem cinco.
Por outro lado, no número de vitórias da última década de Libertadores, o Atlético despacha o clube de Montevidéu (15 a 11).
Outros postulantes
A tendência é que o Nacional (Uruguai), tricampeão da Libertadores, e Grêmio, bi, sejam os outros dois cabeças de chave. O uruguaio é o único que participou de todas as últimas dez edições. Não ergueu a taça, mas foi semifinalista em 2009. O tricolor gaúcho foi vice em 2007.
Outro candidato é o Cerro Porteño, do Paraguai. Apesar de nunca ter conquistado a América, jogou sete das últimas dez Libertadores e foi semifinalista em 2011.
Último classificado ao torneio de 2016 será conhecido domingo
A Libertadores tem 38 vagas, sendo que 12 clubes participam de um mata-mata valendo vaga na fase de grupos. Os presentes nesta etapa inicial já são conhecidos, com a classificação do Cesar Vallejo, do Peru, na última terça-feira. Para toda a competição, falta a definição apenas da segunda vaga da Colômbia.
O último participante de 2016 será conhecido no domingo. O Atlético Nacional de Medellín, carrasco do Galo em 2014, enfrenta o Junior Barranquilla.
Se os “Verdolagas” conseguirem a classificação, a competição terá 15 campeões do torneio, entre 25 possíveis. Serão 33 troféus nas galerias. Este número poderia ser maior, se o recordista de títulos, o Independiente, que é heptacampeão, não fosse eliminado pelo Racing na Liguilla argentina para a Libertadores.
Premiação
Os alicerces rachados da Conmebol, envolvida no Fifagate, não impediram que o prêmio ao campeão da Libertadores permanecesse congelado pelo quarto ano seguido. Os US$ 6,35 milhões sofrerão um reajuste – ainda não divulgado –, após a renovação com a FOX, detentora dos direitos de transmissão.
Rival descartado
Um brasileiro que teria grandes chances de ser cabeça de chave é o São Paulo. O clube nacional com mais prestígio na competição, porém, se classificou para a primeira fase e poderá até entrar em um grupo com um time compatriota. Algo que aconteceu em 2013, quando caiu na chave do Atlético.
Flávio Tavares/Hoje em Dia