Adeus Aguirre

Aguirre pede para deixar o Atlético
Técnico já estava pensando em deixar o clube
há cerca de 20 dias, quando a equipe avançou
para a segunda fase da Libertadores

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O dia seguinte a eliminação nas quartas de final da
Copa Libertadores Libertadores, para o São Paulo,
marcou também o fim da agem de Diego Aguirre no
comando técnico do Atlético. Em entrevista coletiva
realizada na tarde desta quinta-feira, na Cidade do Galo,
o treinador uruguaio anunciou que não fica mais na
equipe mineira. A decisão foi dele.
“Estamos aqui com o Daniel para comunicar que tomei a
decisão de deixar o clube. O principal objetivo esportivo
que era a Libertadores não foi possível e acho que é um
momento difícil esportivo para o clube, porque perdemos.
É bom aliviar o Daniel e aos jogadores. Pode ser bom
para eles continuarem. Foi bom, eles precisam de
tranquilidade. Estou muito agradecido ao presidente,
ao Maluf, a todos os profissionais do clube, fundamentalmente,
os jogadores. Tivemos uma experiência boa. Futebol é ganhar e
temos que tomar decisões”, explicou Aguirre.
O técnico já estava pensando em deixar o clube há alguns dias.
“Vinte dias atrás, falei para Daniel que queria deixar o clube.
Ele me pediu que ficasse, teríamos jogos importantes, não poderia
ir agora. Achei justo e ficamos de falar quando acabasse a
Libertadores, e isso aconteceu ontem. Hoje tivemos uma reunião e
concordamos isso. Temos a liberdade contratual de ir embora
quando quero. É uma coisa que decidir fazer. Reintero o
agradecimento”, afirmou o uruguaio, que não abriu para
perguntas dos jornalistas.

Daniel Nepomuceno acompanhou Aguirre na despedida e agradeceu
pelo profissionalismo. “Eu e o Diego fizemos questão de vir
juntos aqui. É uma relação pessoal, tem que caminhar nas horas
boas e ruins. Desde dezembro foi muito bom. Neste momento que não
é bom temos que estar juntos. Já tem algumas semanas que ele me
procurou, estávamos nas oitavas, ele compreendeu, disputamos,
ele deixa aqui vários ensinamentos. Futebol infelizmente trás
esses dias de encerramento de uma etapa”, afirmou.
Um novo treinador ainda não foi definido. “Como não será
aberto para perguntas digo que não conversei com treinador nenhum.
Hoje não é uma tarde boa, para os jogadores e funcionários.
É uma entrevista de agradecimento”, afirmou Nepomuceno.
Retrospecto
O fim da caminhada atleticana na Libertadores, que aconteceu
com vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, na quarta-feira,
resultado insuficiente já que o time perdeu por 1 a 0 na
capital paulista, no jogo de ida, aumentou a pressão sobre
Diego Aguirre, que não resistiu. A diretoria atleticana já
vinha insatisfeita com o trabalho do uruguaio. Já a torcida
aumentou a contestação em cima do comandante.
Aguirre deixa o Atlético tendo comandado o time em 31 jogos,
onde conquistou 16 vitórias, sete empates e sofreu oito derrotas.
O ataque marcou 54 gols e a defesa sofreu 28. O aproveitamento
do uruguaio foi de 48,38%.
Sob comando do técnico, o Atlético caiu ainda na fase de
classificação da Primeira Liga, competição que não foi
considerada prioridade por parte da comissão técnica e
diretoria. No Campeonato Mineiro chegou até a decisão,
mas foi batido pelo América. Na Libertadores, o Galo teve
boa fase de grupos, quando liderou a sua chave. Porém,
não conseguiu ar pelo São Paulo, nas quartas de final.
Contratado em dezembro de 2015, o treinador não chegou
como a primeira opção da diretoria atleticana, que se
reuniu com outros nomes antes de fechar com o uruguaio.
A demissão de Aguirre já teve os primeiros capítulos
após a eliminação na quarta-feira. O presidente
Daniel Nepomuceno se reuniu com o treinador e a sua
comissão técnica nos vestiários do Independência.
Porém, a definição oficial do futuro ficou para esta
quinta, quando veio a confirmação da saída do treinador.

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