Evangelho, Homilia e Santo do dia 11/07

LITURGIA DIARIA

15ª Semana Comum – Segunda-feira 11/07/2016

Evangelho (Mt 10,34-11,1)
— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
10,34“Não penseis que vim trazer a paz à terra;
não vim trazer a paz, mas sim a espada. 35De fato,
vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe,
a nora de sua sogra.

36E os inimigos do homem serão os seus próprios
familiares. 37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do
que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho
ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim.
38Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é
digno de mim.

39Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la.
E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la.
40Quem vos recebe a mim recebe; e quem me recebe, recebe
aquele que me enviou. 41Quem recebe um profeta, por ser
profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe
um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo.
42Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca,
a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade
vos digo: não perderá a sua recompensa”. 11,1Quando Jesus
acabou de dar essas instruções aos doze discípulos, partiu
daí, a fim de ensinar e pregar nas cidades deles.
— Palavra da Salvação.

HOMILIA DIÁRIA

A verdadeira paz vem de Jesus

Jesus veio nos trazer a espada que separa o que é certo do que
é errado, o que é bom do que é ruim, o que é mal do que é o bem

“Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz,
mas sim a espada” (Mateus 10, 34).

Essas palavras de Jesus, quando caem em nosso coração, podem
até causar uma certa estranheza, mas Ele quis realmente dizer
que é o Príncipe, o Senhor da paz.

A paz que Jesus veio nos trazer não é a paz ingênua que nós
acreditamos e queremos viver, aquela paz da consciência que
não se preocupa com nada, que nós escondemos as coisas erradas
e está tudo bem. Não é aquela paz de quem vê as coisas erradas
e injustas acontecerem e diz: “Isso não é problema meu! Isso não
tem nada a ver comigo!”.

Não foi essa paz que Jesus veio nos trazer! Ele veio nos trazer
uma paz inquieta. Quem está em Jesus tem uma inquietude no coração,
mas que não é um sinal de perturbação. Inquietude é o mesmo que
inconformismo: “Eu não me conformo com o que é errado! Não me conformo
com o que é injusto! Não me conformo com as injustiças que estão ao
nosso lado!”. Por esse motivo, o Senhor não veio trazer a paz do inconformismo.

Jesus veio nos trazer a espada que separa o que é certo do que é errado,
o que é bom do que é ruim, o que é mal do que é o bem. A espada de Jesus
traz a verdadeira paz que o mundo precisa.

Quando Jesus está dizendo que veio separar o filho do pai, a filha da
mãe, a nora da sogra e assim por diante, é porque a paz não acontece
simplesmente por conveniência, onde queremos estar bem com todos em casa
e permitimos que as coisas erradas aconteçam com os nossos e ninguém fala
nada, porque, se alguém falar algo, estaremos desrespeitando o outro.

Desrespeitamos o outro quando vemos coisas erradas acontecendo, quando
vemos o mal crescendo no outro e simplesmente dizemos: “Eu não tenho
nada a ver com isso!”. Meus irmãos, isso não quer dizer que temos de
ficar pegando no pé de alguém, ficar incomodando a pessoa o tempo
inteiro; no entanto, mães e pais, irmãos e irmãs, nós precisamos nos
ajudar! Temos de ser sentinelas na vida do outro. ‘Sentinela’ não quer
dizer ser chiclete ou grude, mas ter atenção e cuidado.

Não podemos ver alguém querendo tomar veneno e dizer: “Ah, é problema
dele! Tomou, porque quis!”. Se estamos vendo que o irmão vai tomar
aquilo que lhe fará mal, precisamos dizer: “Meu irmão, isso vai lhe
fazer mal! Vai matá-lo, destruí-lo!”. É verdade que precisamos ter o
jeito certo de falar, jeito de ajudar, mas precisamos ajudar e querer
ser ajudados.

É ruim quando, numa casa, ninguém ajuda ninguém, fica todo mundo naquela
falsa paz, naquele falso moralismo, naquela falsa concordância, e o mal
vai corroendo essa casa, essa família.

Se estamos vendo que nosso pai e nossa mãe, que nossa irmã e nosso irmão
estão indo pelo caminho errado, estão fazendo algo que não lhes convêm,
precisamos, com paciência, com prudência e caridade, saber corrigi-los e
ajudá-los. Só não podemos viver a falsa paz no mundo e deixar o mal reinar
dentro de casa.

Que a espada de Cristo nos dê a sabedoria necessária para não sermos levados
pelo mal nem o deixarmos crescer no meio de nós.

Deus abençoe você!

— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA

São Bento, vida de oração e meditação

São BentoAbade vem de “Abbá”, que significa pai, e isto o santo de hoje bem soube ser do monaquismo ocidental. São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna, no período de decadência do Império.

Diante da decadência – também moral e espiritual – o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Depois de três anos numa retirada gruta, ou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos os traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.

A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima “Ora et labora”. Para São Bento a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização, ciência, escolas de agricultura, entre outras, isso até mesmo depois de São Bento ter entrado no céu com 67 anos.

São Bento, rogai por nós!

Deixe um comentário