Gisele Rodrigues, Thiago Monteiro e Laís Motta
Manaus – Um avião de pequeno porte, modelo Embraer 720, caiu, por volta de 8h desta quarta-feira (7), em uma área verde do Bairro da União, zona centro-sul de Manaus. Ao todo, cinco pessoas morreram e um homem foi encaminhado para o Hospital 28 de Agosto, mas ainda não foi identificado.
Conforme a assessoria do hospital, o paciente deu entrada em estado gravíssimo, com queimaduras por todo corpo, e ou por um procedimento cirúrgico.
Segundo o tenente João Filho, do Corpo de Bombeiros, estavam no avião João Frederico, Jefferson Juarez, Henrique Tiez Neto, Ruan Lemos, Ana Alice Lemos, de 4 anos; e o piloto João Jerônimo da Silva Neto, 38. A aeronave saiu do aeroclube às 7h45, com destino a Novo Aripuanã (distante 228 quilômetros de Manaus).
Conforme o tenente, a rua que dá o ao local do acidente é estreita e os bombeiros contaram com a ajuda de pessoas da comunidade, que foram indicando o caminho. “O piloto foi o único que não foi carbonizado. Ele foi arremessado a 10 metros do ponto de impacto”, disse.
Segundo testemunhas, o piloto João Neto desviou o avião para a mata
Foto: Reprodução/Sandro Pereira
O pai do piloto, Manoel Gerônimo, esteve no Aeroclube de Manaus para saber mais informações sobre o acidente. Ele disse que o filho era piloto há muito tempo.
O ajudante de pedreiro Geilson de Sousa, 39, foi a primeira pessoa a chegar ao local do acidente. Ele conta que a tragédia seria maior se o piloto não tivesse desviado o avião para a mata. “Depois da explosão, eu corri para ver se tinha alguém vivo e consegui salvar o homem que foi para o 28 de Agosto. Tentei salvar a criança, mas o fogo tomou conta”, disse.
A moradora da área Ivanilde Trindade, 62, disse que viu a aeronave decolando e, quando estava ando por cima da casa dela, começou a falhar e o barulho parecia com o de um carro. “Em seguida, o avião caiu na mata e teve a explosão. Foi muito rápido”, contou.
Mei Trindade, 34, ressaltou que o barulho e a explosão foi tão grande que as paredes da casa dela, que é de alvenaria, tremeram. “Os moradores têm medo, receio, que um avião caia nesta área, porque a distância entre o solo e a aeronave é muito curta. Eles am tão perto, é muito perigoso”, comentou.
O setor de sobreaviso do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Seripa VII) informou que uma equipe da instituição está no local do acidente. O Seripa VII informou ainda que o órgão não tem prazo para finalizar investigações de acidentes.
O delegado Torquato Mozer informou que a Polícia Civil está esperando pelos agentes da Cenipa, para que o local do acidente seja liberado para perícia e Instituto Médico Legal (IML). Ele adiantou que o laudo pode demorar até seis meses.
O homem que havia sido resgatado com vida, faleceu a tarde.