A temporada dos fortes ventos traz a grande preocupação: Motociclista quase fica cego após acidente com linha chilena

Somente no primeiro dia de julho, neste sábado (1), foram registrados pelo menos dois acidentes com esse linhas

Acidente quase cegou o motociclista Felipe

O período de férias ainda nem começou e o Corpo de Bombeiros já registra acidentes com as linhas de cerol e as linhas chilenas – feita de cola de madeira e óxido de alumínio, que corta quatro vezes mais do que o tradicional cerol – utilizadas para soltar pipa. Somente no primeiro dia de julho, neste sábado (1), foram registrados pelo menos dois acidentes com esse linhas.

Em um acidente no bairro Água Branca, em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, o motociclista Felipe Santos, 26, quase ficou cego com uma linha chilena que atingiu seus olhos. “Eu estava voltando do trabalho e sempre quando entro no bairro eu fico atento as linhas, principalmente porque eu tava sem a antena corta pipa. Eu levantei a viseira para olhar se tinha linha e já vi caindo uma próxima de mim, tentei desviar, mas já era tarde”, contou Santos.

Segundo ele a única coisa que deu tempo de fazer foi se abaixar. Ele tentou tirar a linha e acabou cortando o dedo. “Quando eu olhei no retrovisor vi meu rosto todo ensanguentado. No susto eu fechei os olhos e isso me salvou, porque com os olhos abertos eu poderia ter ficado cego. Tive que dar dois pontos na pálpebra e quatro no nariz”, disse.

O motociclista contou ainda que nunca tinha ado por isso, mas que ficava atento por já ter visto vários acidentes do tipo. Santos, que é promotor de vendas, está de atestado até esta terça-feira (4) por causa do acidente. No mesmo dia, o Corpo de Bombeiros atendeu também um acidente em Betim com motociclista vítima de cerol.

O sargento Rogério Viana, do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros, alertou para aumento dos acidentes nos próximos dias. “Infelizmente eu acredito que essas ocorrências ainda vão aumentar muito, porque ainda nem começaram as férias e já estamos fazendo registros. Quando a criançada começar mesmo a soltar pipa os acidentes podem aumentar muito”, alerta o sargento.

Viana ressalta que os motociclistas são as principais vítimas dessas linhas e devem ficar atentos a todos os equipamentos de segurança, principalmente a antena corta pipa e o capacete que ajudam muito a minimizar os acidentes. Nas férias ada, em janeiro, o motociclista Denis Quirino, 31, foi atingido por uma linha chilena no pescoço e teve que fazer uma cirurgia para a reconstrução de duas artérias.

“Eu quase morri. Estava de capacete, porém sem a antena e quando vi já tinha cortado meu pescoço. Fiquei cinco dias internado e um deles no CTI, foi tão assustador que cheguei a pensar em vender minha moto, mas não fiz isso porque preciso dela como veículo de locomoção”, contou o motociclista.

Risco também para ciclistas e pedestre

Embora a maioria dos acidentes ocorra com motociclistas, o sargento orienta que o risco também é grande para ciclistas e pedestres. “Para os ciclistas é bom instalar as antenas corta pipa utilizadas em motos, também é importante utilizar os equipamentos de proteção sempre, já os pedestres devem andar atentos a essas linhas na rua, principalmente onde houver crianças e adolescentes soltando pipa”, avalia.

O ciclista Pedro Parisi, 31, afirma que essas linhas são um perigo eminente para os ciclistas. “É muito importante usar os equipamentos de segurança e prestar muita atenção a seu redor. Outra coisa é conhecer bem os lugares pode onde a. Se tem uma área no caminho do trabalho, por exemplo, onde as pessoas costumam empinar papagaio, o ideal é evitar ou ar mais devagar, tomando bastante cuidado. Para ficar mais protegido é possível instalar a antena no guidão, muito comum em motos”, orienta o ciclista.

Pais devem orientar os filhos

O sargento ressaltou ainda que o principal para evitar esses acidentes é os pais orientarem os filhos a não usarem linha de cerol ou linha chilena. “Antes das crianças e adolescentes saírem para soltar pipa, os pais devem observar se eles estão usando cerol e linha chilena e explicar para os filhos os perigos dessas linhas. Essa orientação pode evitar até mortes”, conclui o sargento.

Dados

De acordo com o Corpo de Bombeiros, somente de janeiro a maio deste ano, foram atendidos quase o mesmo número de ocorrências envolvendo as linhas chilenas que em todo ano ado, já que até maio deste ano foram cinco ocorrências e em todo ano de 2016 foram sete. Já em 2015 foram 15 ocorrências atendidas.

Já no Hospital de Pronto Socorro João XXIII, foram atendidas 41 ocorrências envolvendo linhas de cerol e chilena em 2015 e 33 em 2016.; já em 2017 foram 16 atendimentos de janeiro a junho.

FONTE: O TEMPO

 

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