Praça Getúlio Vargas em Esmeraldas/MG, lembranças de tempos vividos com romantismo e diversão

Praça Getúlio Vargas, um tour pela saudade.

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Dona de um designer deslumbrante, a nossa antiga praça tinha um charme especial que retratava o nosso ar interiorano, ela era por si um espaço romântico, com seus bancos quase individuais era o ponto das conquistas, quantos casamentos que hoje perduram nasceram nas voltinhas ao redor daquela praça, voltinhas essas as quais não poderiam faltar um saboroso picolé de coco ou de groselha do Bar do Senhor Mário’s.

Como ir na praça e não experimentar um delicioso pudim no Bar do KB7, onde também era possível disputar uma partidinha de sinuca ou de totó no combinado “quem perder paga”, o tour continuava com aquela adinha na Churrascaria Anelí pois ali se saboreava uma porção de fritas bem sequinha acompanhada da melhor caipirinha da cidade.

E aquele prédio com formato diferente? Aquele era temido, era onde se resolviam as pendências da cidade, dizer que ia ao Fórum mexia com as estruturas e com o metabolismo. Ser um esmeraldense quarentão tem que ter na lembrança o Restaurante Xodó, onde os casais enamorados contavam com um belo reservado de luz “baixa”, apropriado para os romances da época.

Mas e as crianças? Essas saborearam as delícias comercializadas na casa da Dona Nair, no Barzinho de Senhor Osmar, no comércio de “Zé de Diva” e na bitaca do Laerte, bitaca essa que tinha de tudo um pouco, mas se destacava o famoso e inesquecível bolinho de feijão da Dona Socorro.

Consta nessa história o Hotel Joelma que segundo quem frequentou, era digno de elogios. Onde hoje funciona o Bradesco, a Farmácia do Senhor Estevão socorria as necessidades medicamentosas e a Cooperativa dos produtores de leite mantinha um grande armazém que atendia fazendeiros de toda a região.

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Hotel Joelma

Onde se comprava presentes? Na loja do Senhor Jadir o cliente encontrava agrados para eles e para elas da cozinha ao guarda-roupas ando pelos belos enfeites. Já no Bar Canta Galo os homens se reuniam, tomavam um aperitivo e comiam uma paçoca antes de ir para os bailes (assunto futuro ). Oh saudosa praça de árvores podadas em formatos arredondados, triangulares ou quadrados por onde desfilaram os blocos carnavalescos Quem é Quem, Os Monstros, Mocidade Independente da Rua Melo Viana, Valetes e Damas, e tantos outros, praça essa que testemunhou inúmeras comemorações do Dia do Trabalho, do Trabalhador, da Proclamação da República, onde embarcou ou desembarcou incontáveis ageiros nos ônibus das empresas Elizeu, Campolina e TransChicoTur.

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Escola E. Visconde de Caeté

Ali está a Escola Estadual Visconde de Caeté,ponto de partida para muitos dos esmeraldenses que venceram na vida com a colaboração de grandes profissionais que naquela instituição dedicaram o seu empenho, mantendo ainda hoje como uma referência no município. Pra finalizar, é impossível falar da Praça Getúlio Vargas sem mencionar a sempre majestosa Igreja Matriz de Santa Quitéria onde mais que uma igreja, funcionava também como uma fonte de informação, quem não lembra da temida música “Todos saberão” tocada nos alto falantes da torre acompanhada da informação de que alguma família estava enlutada pelo falecimento de um ente querido! Algo que os mais jovens não sabem é que todo cortejo fúnebre de família católica ava nessa igreja onde era realizada uma “celebração de corpo presente” e só aí seguia para o sepultamento. Sem citar nomes,reconheço aqui que cada padre deixou nela a sua história e merece o reconhecimento. É…da nossa antiga Praça Getúlio Vargas fica a saudade de um romantismo que poderia ser um diferencial na nossa história, mas que se perdeu no tempo

Luciney A. Silva – FOTOS: Arquivos 

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